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No mês das crianças temos: Bala!

Escrito por Jessica Lima

Quando eu era criança, tive uma época difícil em que eu estava doente e precisava tomar muitos remédios. Eu não lembro de muitos detalhes desta época, mas lembro do gosto horroroso do remédio e o maravilhoso gosto de uma bala de banana, que minha mãe deixava em um pote para eu comer depois. A bala de banana foi a minha salvadora, e tenho certeza de que, ela é muito marcante na vida de muitas pessoas também. Pode ser que não seja a de banana especificamente, ou a bala de morango, nem a clássica de coco, mas um dos muitos tipos que existem, com certeza.Todo mundo tem uma bala preferida para chamar de sua.


Então, foi por isso que decidi falar sobre essa guloseima que tanto marcou minha vida e que, sinceramente e secretamente, eu sou extremamente apaixonada até hoje.

Não se sabe ao certo a origem deste doce. Acredita-se que sua história é tão antiga quanto a descoberta do mel, e que já era uma fonte energética desde 2000 a.C. no Antigo Egito. Entretanto, foi apenas após a descoberta da cana-de-açúcar, que a bala começou a ser preparada a partir do caramelo do açúcar na Índia, que após secar, eram produzidas as pastilhas doces.

Apesar de se acreditar que seu surgimento seja tão antigo, levou muito tempo para a bala se tornar popular, principalmente porque sua matéria prima não era tão acessível. Existem indícios do consumo na Europa pela nobreza durante a idade Média, mas foi apenas por volta do século XVII, onde a comercialização do açúcar estava mais disseminada, que a bala passou a ser produzida e vendida por freiras e donas de casa. Em 1800, nos Estados unidos, foi acrescentado a receita o leite, e nos anos que seguiram o crescente sucesso da guloseima incentivou o surgimento de mais de 400 fábricas no país para sua produção em larga escala. Foi então, a partir da produção em massa que houve a verdadeira popularização do doce.


A diferença da produção da bala mastigável e da dura é a temperatura!


A produção hoje é em grande maioria automatizada com variações no processamento da pasta


de açúcar fundido dependendo da textura final desejada. Pode-se citar para exemplificar a diferença no processo que gera a bala mastigável e a bala dura. O açúcar é cozido a temperaturas mais altas para que a bala fique dura, que em seguida é sovada, resfriada e transportada para equipamentos e moldes que darão a forma desejada. Na produção da mastigável, o cozimento se dá a baixa temperatura, acrescentando gordura vegetal para garantir a maciez. Após o cozimento e resfriamento da massa, são dosados os aditivos que serão completamente incorporados e completamente homogeneizados ao sovar.


Além do leite inicialmente utilizado, a história da bala conta com a adição de diversos sabores ao caramelo açucarado, dentre eles frutas e especiarias como o gengibre e a hortelã. A indústria foi a grande responsável pelas muitas inovações quanto aos aditivos, acrescentando os aromatizantes, corantes e inúmeros outros para termos a grande variedade que encontramos nas prateleiras hoje em dia. Assim é a busca contínua em conquistar todos os tipos de consumidores. Isso não quer dizer que as tradicionais foram esquecidas. As famosas balas de coco ainda estão por aí fazendo sucesso, mas agora o consumidor também pode encontrar balas mastigáveis, duras, em goma, bala chiclete, explosiva, azeda, recheadas, na forma de ursinho, em tubos, e por aí em diante.

Como já deve dar para imaginar, a bala mastigável sabor artificial de banana é a minha preferida, e até esse sabor já ganhou algumas variações como as balas de goma no formato de banana. A inovação pode ser sim para conquistar novos consumidores, mas também pode ser para se adequar a nova realidade da sociedade ou novas normas regulamentadoras.

Em um dos lados temos, por exemplo, as balas em gomas que usam em sua composição a gelatina para atingir a consistência desejada. A gelatina é oriunda de osso e pele de animais, o que faz com que esse produto perca lugar com o crescente público vegetariano e vegano. Por isso, existem algumas empresas que já não usam mais gelatinas em sua formulação substituindo pela goma acácia ou o famoso Ágar-ágar, e até goma arábica para pastilhas.

Por outro lado, temos o processo tendo que se adaptar as normais que buscam pela melhora na saúde da população. Na bala, por exemplo, são utilizadas gorduras que buscam o aspecto acetinado do produto e para ajudar na etapa de desmolde. A proposta é a substituição dessa gordura por uma com baixo teor de saturados mantendo sua funcionalidade nos alimentos e os sabores, adequando assim as produções que utilizem tais gorduras e reduzindo o risco a saúde.

A bala definitivamente é um dos doces mais queridos pelas crianças e é fácil entender o porquê. São tantos sabores, formas e texturas. Não tem nenhum remédio com gosto ruim que possa superar o prazer que é degustar esse doce. A bala estará sempre associada a festa, compartilhar com amigos, guloseima no cinema e diversos momentos que façam com que ela está associada não só ao agradável sabor, mas também a momentos agradáveis.




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