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Produção de chiclete

Escrito por Amanda Menescal

Histórico


Apesar de parecer um produto que surgiu nas últimas décadas, a goma de mascar tem origem na antiguidade, época em que muitos povos mastigavam resina de árvores, acreditando possuir propriedades medicinais e antissépticas. Essa resina ganhou fama passando a ser comercializada nos Estados Unidos no início do século XVIII. No entanto, meio século depois houve a criação de uma goma à base de uma parafina comestível.


Em 1874, Thomas Adams (sim, o fundador da empresa Adams da marca Trident) criou uma goma de resina sem o sabor ruim característico da mesma ao adicionar alcaçuz. Este produto foi batizado de “Adams Black Jack” e foi o primeiro a ser vendido em formato retangular.


Figura 1: Comercial americano em circulação da goma de mascar Adams Black Jack na década de 1920


Em 1928, o chicle de bola foi inventado pela Fleer Chewing Gun Company, sendo responsável pela característica cor rosa do chiclete, já que este era o único corante que a fábrica possuía na época. Mas espera aí, não é tudo chiclete? Sim, mas a diferença entre goma de mascar e o comercialmente chamado chicle de bola é a capacidade de produzir uma bola ocasionada pela adição de um ingrediente.


Durante a Segunda Guerra Mundial houve um “boom” nas vendas de chiclete devido a alta tensão provocada pela mesma, e após o término da Guerra, houve uma grande substituição nos ingredientes, passando a ser utilizada a goma derivada de petróleo que era mais barata que a resina natural antes utilizada.


Você sabia?

Bubbaloo foi a primeiro chiclete com centro líquido e teve seu lançamento nos mercados mexicano e brasileiro em meados da década de 80. Atualmente, este chiclete é vendido em mais de 25 países e os dois maiores consumidores, continuam sendo México e Brasil.


Processamento

O processamento do chiclete em si é um processo simples, o que irá realmente afetar suas características serão seus ingredientes.


Mistura


A produção se inicia no misturador com a adição de ingredientes: a goma base, que irá variar se for produzido goma de mascar ou chicle de bola tendo a segunda uma maior quantidade de polímeros para dar elasticidade a massa como o acetato de polivinila, um plastificante; xarope de glicose, que afetará a maciez e aderência do produto; açúcar ou adoçante, que contribuirá para a firmeza; corante e aromatizante. Os componentes são misturados por 20 minutos ocorrendo a formação de uma massa homogênea e esta ficará em repouso por um período de 15 a 30 minutos.


Pré-extrusão


Formada essa grande massa, será necessário que passe por uma extrusora, no entanto, seria demorado se prosseguisse pela maquina diretamente, então é feito um processo para diminuir e dividir a massa em grossos feixes disformes ao espremer a massa em perfurações.


Figura 2: Massa da goma de mascar saindo da pré-extrusora


Extrusão


Estes grossos feixes irão passar pela extrusora que espreme a massa com a força de um grande parafuso que gira, fazendo-a sair por uma pequena fissura com para a formação de um cordão com o formato desejado. Para uma boa formação dos cordões, este equipamento é mantido a uma temperatura por volta de 45°C.


Figura 3: Extrusora


Figura 4: Saída da goma de mascar da extrusora


Resfriamento


Com os cordões formados, estes seguem por esteiras para um túnel de resfriamento programado com a temperatura entre 10°C e 20°C, onde permanecerá de 10 a 20 minutos para que na saída, o chiclete esteja numa temperatura de, aproximadamente, 25°C, assim ele não grudará no papel ou plástico em que será embalado.



Figura 5: Goma de mascar em esteiras dentro da câmara de resfriamento


Corte e embalagem


Por fim, seguirá para uma o processo de corte e embalagem onde uma única máquina corta esses cordões do tamanho correto e os embala. Ao fim teremos várias unidades de chiclete que poderão ser pesados e empacotados se necessário.


Figura 6: Rolo de embalagem sendo esticado em máquina de corte e embalagem

Figura 7: Goma de mascar sendo embalada e cortada


E assim são produzidas essas maravilhas utilizadas para nos distrair enquanto estamos entediados, refrescar o hálito ou para enganar aquela fomezinha que acontece na hora errada.


Referências


MARIA DE FÁTIMA LOPES-DA-SILVA, LUÍS SANTOS E ALTINO CHOUPINA. A extrusão em tecnologia alimentar: tipos, vantagens e equipamentos. Disponível em: < http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871- 018X2015000100002>


Thomas Adams - Inventor of the First Modern Chewing Gum. Disponível em: < http://www.chewinggumfacts.com/chewing-gum-inventors/thomas-adams/>


Chewing Gun. Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Chewing_gum>


Fabricação do chiclete. Disponível em: Bubbaloo. Disponível em: < https://en.wikipedia.org/wiki/Bubbaloo>


Chiclete. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Chiclete>


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