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Do consumo a ideologia: como o marketing mudou no último meio século

Escrito por: Gabriel Motta

A SAUDOSA DÉCADA DE 80

Ahhh que nostalgia sentimos quando lembramos do auge da década de 80, não é mesmo? Grandes músicos despontando em Brasília, conquistas democráticas, propagandas de cigarros de chocolate com crianças fumando… bem, é melhor pararmos por aqui, mas, apesar de hoje em dia ser assustador pensar em coisas do tipo, àquela época, eram práticas comuns da publicidade brasileira.


DO BRAINWASHING...

Quem não conhece a famosa frase: “Compre Baton!”, utilizada como uma espécie de “lavagem cerebral” em diversas propagandas da marca de chocolates Garoto? Sim, a mesma que podemos encontrar em prateleiras de supermercado nos dias atuais. Mesmo que seja quase um consenso que ela soa um tanto quanto apelativa, é inegável que atingiu o seu objetivo (e muito bem por sinal). Crianças iam à loucura quando entravam no mercado e se deparavam com o doce, repetindo incessantemente aquilo o comercial dizia.

Era comum ver e ouvir coisas do tipo “Compre isso...”, “Você precisa daquilo...”, “Tenha esse...”. O final do século XX foi um cenário de campanhas bem agressivas e consumistas, o que casava bem com o aumento da condição de poder aquisitivo médio da população. Ora, se eles podem comprar mais, por que não comprar mais?. E tudo seguia assim até a chegada do novo milênio.



...AO BRAINSTORMING

E eis que os anos 2000 chegam, todos vão à loucura com um novo fim do mundo atrás do outro, a internet desponta como um grande potencial de integrar pessoas e cada vez mais os diferentes pensamentos se encontram. Com isso, novas correntes surgem em redes sociais como Orkut e o MSN, com a possibilidade das trocas rápidas de mensagens e o Facebook, talvez um nome mais conhecido para os mais novos de plantão, correntes essas que disseminam ideologias de igualdade, liberdade, além de muitas outras. E não se engane! O marketing, sobretudo na indústria de alimentos, adapta-se aos novos ares, trocando as antigas propagandas consumistas para novas ideológicas. Do “Abra a felicidade” da Coca-Cola ao “Sinta o sabor da alegria” da Mondelez, é nítido o quanto que o marketing evoluiu nesses últimos 50 anos, e não vai parar por aqui. Como resultado disso tudo, NÃO SE VENDE MAIS UM PRODUTO. VENDE-SE UMA IDEIA.


Ideias essas que não precisam referenciar mais um produto. Por exemplo, sempre que quisermos enfeitar a ceia de natal, compraremos um belo panetone, e não precisa de uma propaganda para dizer que sempre optamos pelo melhor produto possível, dentro de nossos orçamentos, claro. Mas obtê-lo de uma companhia que se importa com nossas sensações natalinas e vende um produto feito “Da família (...) para a sua família” nos cativa muito mais do que um simples panetone feito porque você “precisa” dele.


Quais seriam os próximos passos? Já saímos do plano material para o imaterial e, talvez viajando um pouco, a única área a ser explorada seria o irreal, o imaginário, o surreal… Será que um dia teremos propagandas que entrem em nosso subconsciente e despertem sensações que ainda não conhecemos? Ou talvez consigam transmitir o prazer e a felicidade que os produtos passam antes mesmo de comprá-los? Bem, qualquer chute seria apenas atirar uma pedra em um enorme lago de possibilidades. Nos resta aguardar para ver.

O que seria melhor para aguardar do que continuar nos acompanhando nas mais diversas plataformas: #VemComALEMA no nosso Blog LEMA, página no Facebook e no Instagram fazer parte do futuro da propaganda e dos alimentos!

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