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Desvendando os alimentos: Rótulo

Escrito por Dayanandra Pereira

No mundo há dois tipos de pessoa: as que leem e as que não leem os rótulos dos alimentos. No Mercado quem é você?



Se você já leu algum rótulo pode achar que as informações estão ali por conveniência (ou marketing) da Indústria de Alimentos, a verdade é que há uma legislação por traz da rotulagem nutricional para facilitar cada vez mais a vida de você, consumidor. E claro garantir a possibilidade das melhores escolhas para cada estilo de vida atendendo as diferentes necessidades da população.


Hoje a #CuriosidadeDaTerça vai abordar quais são as informações fundamentais para fazer uma boa embalagem (ou não). A embalagem no alimento tem diversas funções (inclusive já ganhou um post só para ela, clique aqui), dentre elas a de informar que não teria essa função se não tivesse o rótulo.

Estamos num período em que cada vez mais consumimos com consciência, para realizarmos as melhores escolhas alimentares o rótulo deve ser nosso melhor amigo.


O rótulo ideal tem os seguintes pontos:

  • Identificação do produto e quantidade: informações fundamentais para informar o consumidor sobre o produto vendido.

  • Lista de ingredientes: eles são apresentados na ordem decrescente de concentração, do mais concentrado para o menor. Os aditivos químicos podem estar escritos ou estarem codificados de acordo com a legislação de aditivos vigente. Nessa questão tem as exigências obrigatórias contém ou não contém glúten (para as dietas celíacas) e os podem conter os alergênicos, como amendoim, soja, castanhas e afins (o ‘’pode conter’’ aparece quando a fabricação não garante a isenção dos alergênicos na produção). A maioria dos rótulos atuais está com o “contém lactose” se tiver o carboidrato na composição, apesar dessa informação ainda não ser obrigatória. 

  • Tabela nutricional: apresenta informações sobre as propriedades nutricionais através da quantidade de calorias, gorduras, proteínas e outros nutrientes presentes ou não no produto. A tabela é apresentada na forma de porção, para saber o conteúdo da embalagem toda deve-se fazer as adaptações necessárias. Você sabia que nem todo alimento é obrigatório ter essa tabela? Quer saber mais: Clique aqui.

  • Condições de conservação: para garantir a qualidade do produto no consumo é importante que a Indústria de Alimentos deixe instruções sobre o armazenamento adequado.

  • Nome e local da produção: identifica a marca e local em que foi produzido.

  • Lote: o código que aparece é importante para a rastreabilidade do produto, dessa forma facilita se ocorrer um recall (recolhimento do produto devido aos problemas técnicos durante a produção).

  • Data de validade: determinada por testes de vida de prateleira, isto é, diversas análises físico-químicas que determinam até quando os processamentos aplicados mantém a qualidade final do alimento (antes de causar algum problema para a saúde e/ou alterações sensoriais, como textura, gosto, cor e aroma). Os prazos de validade são determinados com uma margem de segurança (até mesmo para evitar problemas, ou aquele processinho, para a Indústria), garantindo assim a integridade da comida.

  • Selos e certificados: símbolos importantes que podem aparecer nos rótulos dos alimentos, eles podem ser obrigatórios ou não.


Os obrigatórios são:

  • O selo dos alimentos transgênicos, que deve aparecer caso no alimento tenha algum ingrediente geneticamente modificado;

  • O selo da inspeção federal (SIF) que é obrigatório para os alimentos de origem animal, está vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal – DIPOA.

Além do SIF, tem o SIE e o SIM, federal, estadual e municipal, respectivamente, eles conferem a comercialização em âmbito federal, estadual e municipal. Além disso, tem diversos outros selos e certificações, como:

  • Os selos de descarte seletivo e de reciclabilidade dos materiais para orientar a separação devida de cada material/embalagem.

  • O certificado da FSC – Forest Stewardship Council ou Conselho de Manejo Florestal que garante a origem da madeira em todas as fases do processo.

  • O certificado de produto orgânico, todo alimento orgânico deve ter esse selo que garanta a produção orgânica.

E aí, vocês já sabiam dessas informações? Espero que agora fiquem mais atentos aos rótulos para termos cada vez mais decisões certas ao comprar um alimento. Afinal de contas comer também é um ato político, até o próximo post!


Referências Bibliográficas

Rotulagem nutricional obrigatória: manual de orientação às indústrias de Alimentos - 2º Versão / Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Universidade de Brasília – Brasília : Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária / Universidade de Brasília, 2005. 44p.

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