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Corantes: tudo que você precisa saber

Escrito por: Amanda Menescal

Apesar de ser um assunto amplamente discutido atualmente, os corantes sintéticos existem desde o século XIX, sendo que ao final do mesmo, mais de 90 substâncias distintas consideradas corantes eram utilizados pela indústria alimentícia. Mas será que todos eles causam mal a saúde? Podemos simplesmente descartá-los da nossa dieta? O ser humano capta mais de 80% de suas percepções através da visão, logo, nada é mais atrativo para nós do que diversas cores diferentes no que comemos.


Os corantes, segundo legislação brasileira, são as substâncias ou mistura de substâncias que possuem propriedade de conferir ou intensificar a coloração de alimentos. São permitidas a utilização de três categorias para alimentos: corantes naturais, extraídos de vegetais e animais; corante caramelo, obtido a partir de açúcares pelo aquecimento a um temperatura superior ao seu ponto de fusão; e os corantes artificias ou sintéticos, substância obtida por síntese química.


Os corantes sintéticos possuem uma maior estabilidade, uniformidade de cor e baixo custo se comparado aos naturais, no entanto, há riscos apresentados por essas substâncias. Um exemplo desses riscos ocorre com o famoso amarelo tartrazina, presente em produtos como refrescos em pó e alguns sabores de gelatina, este corante deve ter seu uso indicado nos rótulos já que é motivo de alergias e insônia principalmente em crianças. Devido a efeitos similares provocados em crianças por esse e outros corantes artificiais, países como Noruega e Suécia proibiram que qualquer um desses fossem utilizados em alimentos enquanto Brasil permite a utilização desde que anunciado nos ingredientes e informado que o produto é colorido artificialmente.


Com a grande flora e fauna brasileira, há um grande potencial para a descoberta de novos corantes naturais a partir de frutos de cores fortes como o açaí que possui dois tipos de antocianinas, substâncias presente em frutos e flores que confere uma infinidade de cores dentre elas o vermelho e púrpura.

Assim, segue-se com estudos para que haja a diminuição da utilização de corantes artificiais na indústria de alimentos, indicando um cenário otimista com relação a redução de produtos potencialmente cancerígenos embora a ingestão de uma quantidade razoável por um adulto, isto é nada em excesso, não apresente riscos. O segredo é simplesmente uma dieta balanceada entre produtos naturais e industrializados.


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Referências bibliográficas

Os Corantes Alimentícios. Aditivos&Ingredientes, n°62, páginas 28-39, maio/junho, 2009. Disponível em http://insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/119.pdf

INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. Cuidado com os corantes dos alimentos. Disponível em https://www.idec.org.br/consultas/dicas-edireitos/cuidados-com-os-corantes-dos-alimentos

De Nazaré, Raimunda F. R.; de Oliveira, Maria do S. P.; de Carvalho, José E. U. C.- Avaliação de Progênies de Açaízeiro como Fonte de Corantes Naturais para Alimentos . Disponível em https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/42183/1/459.pdf

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