Escrito por Ellen Oliveira
“YES, WE CAN”
Em uma busca rápida pela internet, achamos que um dos significados para a palavra engenharia é “aplicação de métodos científicos ou empíricos à utilização dos recursos da natureza em benefício do ser humano. ” e para a palavra alimentos " todas substâncias utilizadas pelos seres vivos como fontes de matéria e energia para poderem realizar as suas funções vitais. ” Com base nessas duas definições é intuitivo que classifiquemos a engenharia de alimentos como uma das profissões de grande importância no mundo em que vivemos, onde a demanda por produtos mais diversos, de maior durabilidade e mais atrativos é crescente.
No entanto, essa visão de quão importante é a engenharia de alimentos para nós não fica muito clara aos olhos de muitos, principalmente na Escola de Química (EQ), consagrada historicamente pelos cursos da área química. Nesta série de posts especiais da LEMA escritos por alunos de engenharia de alimentos da EQ, buscamos analisar e propor soluções para essa falta de contemplação do curso dentro do nosso ambiente discente e docente no dia-a-dia. Começamos então a nos questionar sobre o que falta para sermos reconhecidos e em minha opinião, e de muitos colegas, nos falta primeiro uma identidade. Criar uma identidade para a engenharia de alimentos da UFRJ e no geral é criar um vínculo da universidade com seus alunos e ex-alunos, é criar um perfil dos profissionais que estão sendo formados na Engenharia de Alimentos e o que nos faz diferente de outros profissionais da área de alimentos.
A criação de uma identidade, de fato, não é uma tarefa fácil. É necessário estudo das características dos profissionais já formados, análise das grades curriculares de engenharia de alimentos em outras universidades, observação dos problemas encontrados ao longo da graduação, pontos positivos e negativos etc. Um trabalho para o qual nós, engenheiros, pessoas de pensamento prático e objetivo, de cara achamos a variável de decisão: engajamento. Sim, com engajamento e dedicação o homem conseguiu ir à lua, inventar o miojo e a cerveja. Por que então, com engajamento não podemos ser capazes de criar uma identidade para o nosso curso da qual nos orgulharíamos? “ YES, WE CAN”.
No caso da Engenharia de Alimentos da UFRJ, observamos um crescente número de projetos de extensão voltados para a área de alimentos. Além da LEMA- Liga de Empreendedorismo e Alimentos, os alunos possuem oportunidade de fazer iniciação científica em laboratórios com projetos de alimentos e participar de empresas jr nos setores que prestam consultoria para alimentos. Junto a estes projetos, a participação em semanas acadêmicas de engenharia de alimentos, como é o caso da SEMALIM – UNICAMP e SEMEALI- UFRRJ, são oportunidades únicas de networking com alunos e profissionais da área. Experiências capazes de nos fazer enxergar o diferencial do nosso curso na UFRJ, que tem muita influência da engenharia de processos propriamente dita, frente aos demais cursos de Engenharia de Alimentos. Se nós, alunos que participam desses projetos, nos dermos uma só chance de sair um pouco do ambiente acadêmico da UFRJ para explorarmos essas semanas acadêmicas, feiras de empresas de alimentos, congressos etc, trocando as experiências que tivemos e acreditando em nós, no potencial do nosso curso e em quanto podemos nos desenvolver, o primeiro passo para mudança será dado.
Podemos e podemos muito criar uma identidade para o nosso curso, podemos ser tão grandes e expressivos o quanto nos esforçarmos para ser, pois comprometimento, dedicação e união só dependem de nós e do quanto nos esforçamos para mudar aquilo que está ao nosso redor e que nos incomoda. Basta darmos o primeiro passo. Temos uma infinidade de exemplos a nossa vista, que nos mostram o quanto a união faz a diferença em casos de mudança.
Portanto, Alunos de Engenharia de Alimentos, UNI-VOS na construção da nossa identidade!
Apenas com nossa energia e dedicação alinhadas a um bom trabalho conseguiremos tirar da inércia aqueles que ainda não enxergam o potencial de nossos profissionais e o quanto uma aliança entre a indústria de alimentos- nutrição- sociedade pode nos trazer ganhos.